CHEGOU O GRANDE DIA!
VAMOS DESCER PARA APARECIDA!!
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O amanhecer em Campos do Jordão no último dia da Jornada é uma mistura de sentimentos conflitantes.
De um lado a ótima sensação de "Eu Fiz" o Caminho da Fé. Do outro lado a tristeza por chegarem ao fim estes maravilhosos dias pedal entre amigos do MTB.
Mas é isso aí mesmo e "não tem choro nem vela". Vamos para Aparecida.
Acordamos ao estilo "Matinal Murari" às 7 h e calmamente tomamos café da manhã. Depois de cuidar das bikes e despedirmos do pessoal do Hotel, fizemos a foto da saída e começamos pedalar às 8:30h. Tranquilamente...
Seguimos pela movimentada avenida que acompanha a ferrovia de Campos do Jordão escoltados pelo Pedrão. Essa segurança e proteção nos permitiu curtir toda a saída com muito prazer. Pedalar até o portal de Campos é muito gostoso.
Após a foto no portal começamos nossa descida de 22 Km.
Saímos pela Rodovia muito bem pavimentada até o mirante da Vista Chinesa. É uma descida alucinante e muito veloz e, contra o vento, meu GPS registrou 75 Km/h. Essa parada é obrigatória e também conhecida como "Mar de Morros".
Continuamos descendo e pegamos a saída para Santo Antonio do Pinhal para visitarmos a Estação Eugênio Lefreve. Vale a pena "ganhar" estes minutos visitando a estação. O mirante com sua santa e a lanchonete são imperdíveis.
Agora acabou o cicloturismo e vamos pedalar até Aparecida.
A rodovia foi recentemente repavimentada e o piso está excelente.
Quase no final da descida, antes do posto da polícia rodoviária, fomos ultrapassados por atletas da equipe de ciclismo de São Bernardo do Campo. O Zé e eu colamos no vácuo deles de não demos mole... UUHHH... Até parece!
Seguimos pela rodovia secundária que acompanha paralelamente a Dutra pedalando forte e rapidamente chegamos ao rio Paraíba do Sul.
Esse é o rio onde diz a lenda que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi recolhida pelas redes de dois pescadores em duas partes. Primeiro o corpo e depois a cabeça da imagem. Foto obrigatória.
Seguimos por dentro de São Bernardo até a longa ciclovia que nos levaria em segurança até bem próximo de Aparecida. Esse trecho é muito tranquilo e veloz.
Faltando 10 Km para chegarmos, fizemos a última parada para rehidratação e alimentação.
Esse é um ponto muito emocionante para mim. Todas as vezes em que fiz o caminho começo a emocionar-me e as lágrimas são incontroláveis. Muitos bons pensamentos começam a fluir e a velocidade do pedal aumenta. Mesmo após 5 dias de pedal e 65 Km hoje, as energias aparecem e o ritmo sobe.
Foi tão intenso esse percurso até Aparecida que foi a chegada mais rápida que fiz em 6 anos. Chegamos às 12:10h.
A emoção explodiu e todos emocionaram-se. Dever cumprido e agora é comemorar...
Na Basílica, recebemos nossos certificados de peregrinos e cumprimos nossas obrigações religiosas.
Com o carro carregado e pronto para sair, começou a garoar e chover.
Fomos abençoados com 6 dias de pedal perfeito. Sem incidentes ou acidentes.
Obrigado ao meus parceiros de peregrinação pela amizade e companheirismo.
Obrigado ao meu amigo e escudeiro Pedrão, que sem sua presença protetora e amiga eu não faria esta jornada tantas vezes.
2013 TEM MAIS E JÁ ESTOU COM NOVOS PROJETOS.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Caminho da Fé 2012 - 5º dia Paraisópolis a Campos do Jordão 63 Km
Saudações amigos e amantes do MTB,
Todas as fotos: 210 fotos
Como sempre fiz nas edições anteriores, o 5º dia de nossa jornada reservou a maior e mais difícil subida do percurso. Embora esse tenha sido o dia mais curto, três grandes obstáculos foram vencidos.
Partimos de Paraisópolis após um excelente café da manhã com direito a levar uma fornada de mini pães de queijo para o lanchinho da manhã. Os primeiros 12,5 Km são tranquilos com apenas uma pequena subida antes de chegar ao bairro do Canta Galo. Vilarejo "bonitinho" encravado no meio das montanhas e cercado de florestas de araucárias. Desta vez não esquecemos de pegar o carimbo no bar antes da Igreja.
Percorremos as ruas de terra do bairro e subimos a íngreme rampa da Serra do Canta Galo com suas matas e curvas. Foi um "aquecimento" para o que estava por vir. Um grande sinalizador turístico marca a descida de 3 Km para a cidade de Luminosa. Paramos para várias fotos do vale que fica entre a Serra do Canta Galo e a Serra da Luminosa.
Esse é um momento para curtir a paisagem e pensar nos desafios que já superamos e os que estavam por vir.
A descida é veloz e arriscada, pois velocidades incompatíveis com as curvas fechadas podem levar facilmente a acidentes.
Chegamos em Luminosa, a 890 m de altitude, pouco depois das 10 h. Reabastecemos nossa caixa térmica, pegamos nosso carimbo nas credenciais e partimos rumos aos primeiros 4 Km da Serra da Luminosa até a pousada da D. Inês.
Dos 4 Km até a pousada, os 2 primeiros Km são mamão com açúcar. Os dois Km finais exigem muito esforço, para quem já passou a pouco por uma grande serra. Alguns trechos morro acima sempre estão com muitas pedras soltas e a inclinação pede o famoso "volantinho" da humildade e muita técnica.
A chegada na pousada da D. Inês é uma festa familiar. Fomos recebidos com muito carinho e inundados com quitutes típicos mineiros. Bolo de banana com canela, broa de milho embalada na folha de bananeira, biscoitos de polvilho e bananas da serra à vontade. Isso tudo antes do nosso almoço ser servido.
Depois de comer e descansar nos chão frio (o que foi ótimo), partimos morro acima para encararmos a Serra da Luminosa e suas subidas com incríveis 30% de desnível positivo em alguns trechos.
Desta vez o Pedrão subiu conosco com o carro de apoio todo o "quebra perna". A Pajero demonstrou para que foi feita e honrou o DNA 4x4 sem nenhum esforço. Desta vez o Pedrão realmente se divertiu...
Antes de chegarmos na divisa de estado MG e SP, há a maior e mais difícil inclinação da Luminosa e literalmente "quebra" qualquer resistência e energia que ainda resta.
Fizemos várias fotos no marco da divisa e seguimos rumo ao asfalto por um sobe e desce cansativo. Passamos pelos lagos do Pesca na Montanha e subimos até os 1810 m (no asfalto). Não deu para fotografar devido o mato estar muito alto. Em anos anteriores a vista é espetacular...
Desta vez não seguimos pelo asfalto até Campos do Jordão. Pegamos a estrada da Campista que é a rota do Caminho da Fé. Depois de carimbar as credenciais entramos na difícil estrada da Campista. Eu e o Wagner sabíamos que o início desta estrada estaria muito ruim, pois fez parte da última etapa da Copa Sram da qual participamos - Desafio da Mantiqueira.
Passado pouco mais de um 1 Km nesta estrada ruim, ela piorou muito e tornou-se muito arriscado pedalar exaustos pelos seus 6 Km. Eram muitos buracos e erosões enormes com muitas pedras soltas e raízes de árvores expostas. Demoraria muito tempo para percorre-la e o avançar da hora nos levaria pedalar em temperaturas muito baixas no meio da floresta.
Ponderamos isso e colocamos as bikes na Pajero. Percorremos o trecho pior com cuidado e chegamos bem próximos da Pedra do Baú. Descemos as bikes e encaramos o final do percurso de sobe e desce interminável e cansativo.
O Zé Augusto estava pilhado e acelerou prá valer. Acho que estava ouvindo o chamado do Chopp do Baden... Hahaha...
Chegamos em Campos por uma estrada muito mal cuidada e pedregosa, que em outros anos não estava assim.
Fomos direto para a Pousada do Peregrino carimbar as credenciais. Voltamos para Capivari e paramos no Baden-Baden para a merecida comemoração.
Descemos algumas quadras e nos hospedamos na ótima pousada Big Bear, que sempre acolhe muito bem os ciclistas e permite alojar as bikes no apartamento. Merece esse destaque!
Depois de um maravilhoso jantar de massas italianas presenteado pelo Wagnão (nosso muito obrigado!) dormimos prá valer.
Amanhã partiremos para Aparecida...
ABS. BRAZ.
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Como sempre fiz nas edições anteriores, o 5º dia de nossa jornada reservou a maior e mais difícil subida do percurso. Embora esse tenha sido o dia mais curto, três grandes obstáculos foram vencidos.
Partimos de Paraisópolis após um excelente café da manhã com direito a levar uma fornada de mini pães de queijo para o lanchinho da manhã. Os primeiros 12,5 Km são tranquilos com apenas uma pequena subida antes de chegar ao bairro do Canta Galo. Vilarejo "bonitinho" encravado no meio das montanhas e cercado de florestas de araucárias. Desta vez não esquecemos de pegar o carimbo no bar antes da Igreja.
Percorremos as ruas de terra do bairro e subimos a íngreme rampa da Serra do Canta Galo com suas matas e curvas. Foi um "aquecimento" para o que estava por vir. Um grande sinalizador turístico marca a descida de 3 Km para a cidade de Luminosa. Paramos para várias fotos do vale que fica entre a Serra do Canta Galo e a Serra da Luminosa.
Esse é um momento para curtir a paisagem e pensar nos desafios que já superamos e os que estavam por vir.
A descida é veloz e arriscada, pois velocidades incompatíveis com as curvas fechadas podem levar facilmente a acidentes.
Chegamos em Luminosa, a 890 m de altitude, pouco depois das 10 h. Reabastecemos nossa caixa térmica, pegamos nosso carimbo nas credenciais e partimos rumos aos primeiros 4 Km da Serra da Luminosa até a pousada da D. Inês.
Dos 4 Km até a pousada, os 2 primeiros Km são mamão com açúcar. Os dois Km finais exigem muito esforço, para quem já passou a pouco por uma grande serra. Alguns trechos morro acima sempre estão com muitas pedras soltas e a inclinação pede o famoso "volantinho" da humildade e muita técnica.
A chegada na pousada da D. Inês é uma festa familiar. Fomos recebidos com muito carinho e inundados com quitutes típicos mineiros. Bolo de banana com canela, broa de milho embalada na folha de bananeira, biscoitos de polvilho e bananas da serra à vontade. Isso tudo antes do nosso almoço ser servido.
Depois de comer e descansar nos chão frio (o que foi ótimo), partimos morro acima para encararmos a Serra da Luminosa e suas subidas com incríveis 30% de desnível positivo em alguns trechos.
Desta vez o Pedrão subiu conosco com o carro de apoio todo o "quebra perna". A Pajero demonstrou para que foi feita e honrou o DNA 4x4 sem nenhum esforço. Desta vez o Pedrão realmente se divertiu...
Antes de chegarmos na divisa de estado MG e SP, há a maior e mais difícil inclinação da Luminosa e literalmente "quebra" qualquer resistência e energia que ainda resta.
Fizemos várias fotos no marco da divisa e seguimos rumo ao asfalto por um sobe e desce cansativo. Passamos pelos lagos do Pesca na Montanha e subimos até os 1810 m (no asfalto). Não deu para fotografar devido o mato estar muito alto. Em anos anteriores a vista é espetacular...
Desta vez não seguimos pelo asfalto até Campos do Jordão. Pegamos a estrada da Campista que é a rota do Caminho da Fé. Depois de carimbar as credenciais entramos na difícil estrada da Campista. Eu e o Wagner sabíamos que o início desta estrada estaria muito ruim, pois fez parte da última etapa da Copa Sram da qual participamos - Desafio da Mantiqueira.
Passado pouco mais de um 1 Km nesta estrada ruim, ela piorou muito e tornou-se muito arriscado pedalar exaustos pelos seus 6 Km. Eram muitos buracos e erosões enormes com muitas pedras soltas e raízes de árvores expostas. Demoraria muito tempo para percorre-la e o avançar da hora nos levaria pedalar em temperaturas muito baixas no meio da floresta.
Ponderamos isso e colocamos as bikes na Pajero. Percorremos o trecho pior com cuidado e chegamos bem próximos da Pedra do Baú. Descemos as bikes e encaramos o final do percurso de sobe e desce interminável e cansativo.
O Zé Augusto estava pilhado e acelerou prá valer. Acho que estava ouvindo o chamado do Chopp do Baden... Hahaha...
Chegamos em Campos por uma estrada muito mal cuidada e pedregosa, que em outros anos não estava assim.
Fomos direto para a Pousada do Peregrino carimbar as credenciais. Voltamos para Capivari e paramos no Baden-Baden para a merecida comemoração.
Descemos algumas quadras e nos hospedamos na ótima pousada Big Bear, que sempre acolhe muito bem os ciclistas e permite alojar as bikes no apartamento. Merece esse destaque!
Depois de um maravilhoso jantar de massas italianas presenteado pelo Wagnão (nosso muito obrigado!) dormimos prá valer.
Amanhã partiremos para Aparecida...
ABS. BRAZ.
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Caminho da Fé 2012 - 4º dia Borda da Mata a Paraisópolis 81 Km
Continuando nossa Jornada para Aparecida...
Todas as fotos: 147 fotos
O 4º dia foi o mais desafiador do nosso Caminho para Aparecida. Foram 81 Km com 4 grandes serras com aclives duríssimos e muito longos. Eu perdi de registrar toda a saída de Estiva, por isso a diferença na kilometragem. Mas isso não afetou o registro do desnível acumulado.
Na parte da manhã fizemos as montanhas que nos levaram a Tocos do Mogi e a Serra de Santana do Pantano (Serra da Calçada). À tarde fizemos a mais difícil serra do do dia: A Serra do Caçador e a chegada a Paraísópolis com seu percurso de picos e vales sequenciais com muitas curvas conhecido como "Autorama".
Saímos de Borda da Mata com destino a Tocos do Mogi bem cedo e acompanhados pelo Carlão, o peregrino caminhante. Logo no Km 5,5 começa a pesada e contínua subida de 3,5 Km com 300m de desnível. Ela começa amena e vai progressivamente dificultando o deslocamento, sendo os 2 Km finais com 242 m de desnível (12% de inclinação média). Após essa grande subida há uma sequência de 3 picos até chegar a Tocos. Desta vez eu zerei esta subida, sem por o pé no chão.
A saída de Tocos do Mogi é "uma espécie de brincadeira" com o peregrino ciclista. De cara, ainda dentro da cidade, uma rampa de bloquetes com 400 m e 12% de inclinação é seguida por outra de terra com 2 Km de extensão e inclinação de 10 a 13%. São 10 Km de Tocos do Mogi até a Serra da Calçada.
Essa Serra possui uma das mais belas vistas do caminho e é dividida em três partes que nos levam até Estiva. Uma descida de 2,4 Km e 350 m de desnível seguida por uma "subidinha" de 2 Km e 10% de aclive seguida por outra descida pedregosa e cheia de curvas com 3,8 Km e 300 m de desnível. É uma prova de resistência e habilidade... Felicidade geral, pois zeramos a Serra da Calçada. UHUUUU...
Almoçamos em Estiva e descansamos um pouco. Saímos rapidamente para encarar a Serra do Caçador pois o dia é curto para tamanho percurso cheio de serras.
De Estiva a Consolação são 20 Km e após 5 Km chegamos à base da Serra do Caçador. Encaramos os 2,8 Km com ascenção contínua de 10 a 12% de inclinação, sendo os últimos 200 m a 15%.
Justo no final em que você já esta "esguelado" de cansaço há essa pancada de 200 m com desnível de 30 m.
É um momento festivo porque nós três zeramos o caçador também.
Pensa que acabou? Não! Após uma pequena descina há uma nova rampa com 10 a 12% de inclinação. Depois de vencida as fases de aclive, uma "ma-ra-vi-lho-sa" descida de 6 Km com 350 m de desnível nos leva a consolação.
Os últimos 22 Km de Consolação a Paraisópolis fizemos pelo asfalto devido a avançar do horário. Deixamos o "Autorama" das montanhas antes de Paraisópolis para outra oportunidade.
Chegamos e fomos direto para a Pousada da Praça onde sempre somos muito bem recebidos e hospedados.
Garrafa de Jeropiga aberta para começar a comemoração seguida do ótimo whisky Swing.
Depois de cuidar das bikes e jantar fomos descansar para recuperar as forças para o dia seguinte.
Todas as fotos: 147 fotos
Os últimos 22 Km de Consolação a Paraisópolis fizemos pelo asfalto devido a avançar do horário. Deixamos o "Autorama" das montanhas antes de Paraisópolis para outra oportunidade.
Chegamos e fomos direto para a Pousada da Praça onde sempre somos muito bem recebidos e hospedados.
Garrafa de Jeropiga aberta para começar a comemoração seguida do ótimo whisky Swing.
Depois de cuidar das bikes e jantar fomos descansar para recuperar as forças para o dia seguinte.
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sábado, 20 de outubro de 2012
Caminho da Fé 2012 - 3º dia Pico do Gavião a Borda da Mata 82 Km
Continuando nossa jornada...
Fotos do 3º dia: 138 fotos
Neste terceiro dia a paisagem mudou completamente. Deixamos
para trás todo e qualquer contato com os canaviais e a visão do cerrado.
Montanhas e plantações de café de altitude nos acompanharão até o fim do caminho.
Os primeiros 200m saindo da pousada Pico do Gavião são de
doer: Uma rampa curta com inclinação de 15% com a musculatura fria. Cuidado com
a empolgação para não distender um músculo. Humildade e volantinho não fazem
mal a ninguém! Hahahaha...
A descida para Andradas é show. Quase 500m de desnível em 8
Km com piso pedregoso e escorregadio, mas com uma paisagem de tirar o fôlego.
Não desçam pelo asfalto para não perder a vista da serra, mas se por algum
motivo precisarem ganhar tempo, a descida pelo asfalto é das mais velozes. Já
fiz em outros anos e tem seu prazer especial em atingir velocidades acima de 70
Km/h.
Chegando a Andradas e passamos direto pela cidade e fomos
para a Vinícula São Geraldo para degustar os deliciosos sucos de uva e comprar
Jeropiga (licor de vinho) e a Grapa (aguardente de uvas) premiada que produzem.
Vale a pena visitar a vinícula pois é
muito bonita.
São vários Km até a base da montanha propriamente dita.
Avistamos o sopé da montanha após o grande falso ipê. Para nossa surpresa toda
a subida da Serra dos Limas foi asfaltada e diminuiu a dificuldade de tração
desta serra. Isso facilitou só um pouco, pois a inclinação é exatamente a mesma
e o “volantinho da humildade” come solto. A subida toda, saindo de Andradas,
tem 12 Km e 450m de desnível praticamente contínuos. A parte mais íngreme da
subida concentra 250 m de desnível positivo em apenas 2 Km com trechos de 16%
de inclinação. É um desafio até para os mais treinados e vencê-la é um prazer
pessoal.
A descida do outro lado da montanha nos leva ao bairro de
Barra dos Limas. São 9,4 Km com 340 m de desnível com estrada bem cuidada este
ano. Em anos passados este trecho estava muito perigoso e praticamente
intransitável a veículos. Ano a ano acompanhei vários momentos desta parte do
caminho e estar bom para descer é uma loteria.
Um rápido lanchinho e hidratação e saímos de Barra rumo a
Crisólia e Ouro Fino. A saída de barra é uma subida absurda com 700 m de
extensão e 120 m de desnível (17% de inclinação) e empurramos as bikes com o
nariz pra cima humildemente. As gretas de chuva não são profundas, mas tiram a
tração da bike com muita facilidade e não dá tempo pra desclipar sapatilha. O risco de bater os joelho no chão
é grande. Sempre cuidado e respeito com esta parte do percurso.
No alto desta subida atravessamos um córrego com uma queda
dágua e cachoeira. É sempre muito divertido e bonito. Fotos são inevitáveis. E
continuamos subindo forte até as plantações de café.Daí até crisólia o caminho é muito bom. As belíssimas
paisagens de montanha enchem os olhos. Almoçamos em crisólia e fomos para Ouro
Fino rapidamente, pois o trecho é curto e rápido.
Em ouro Fino as fotos frente ao monumental “Menino da
Porteira” é uma regra. Chegando na basílica da cidade não se esqueçam de
fotografá-la, pois é uma das mais bonitas obras de arte e engenharia.
Pedalando "tranquilamente" mais 10 Km chegamos a um lugar sossegado e que merece parada obrigatória. O bar do Maurão é ponto de carimbo na credencial do Caminho da Fé e sua pessoa é muito agradável. Sempre tem uma palavra e uma conversa boa. Seu pastel é imperdível e não dá para comer um só. Né, Wagnão?
Saindo de Inconfidentes aconteceu o único acidente de nossa jornada. Um imprudente cidadão de Inonfidentes abriu repentinamente a porta de seu uno bem em cima do Zé Augusto, derrubando-o no chão. Ferimentos leves nos dedos da mão e canela direitas. Momento de tensão e desespero do condutor.
Prudentemente com os ânimos contidos seguimos para Borda da Mata.
Ânimos contidos? Só eu sei... O Zé extravasou sua raiva e adrenalina pedalando a milhão. Parou exausto pouco antes da Pousada das Águas. É isso mesmo! Levou vários Km para aliviar a tensão. E eu no vácuo dele. "Vai, Zé! Não socou a boca, então soca a bota!! Hahaha...
Entre Inconfidentes e Borda da Mata são 20 Km, mas os últimos 10 km
destroem as últimas reservas de energia que sobraram. São “5 pulos” curtos de
400 a 700m com inclinações de 10 a 14%. Estejam preparados para este esforço
final e não esqueçam de suplementar com Gel energético. Facilita muito e
previne câimbras.
A surpresa foi encontrar um peregrino caminhante quase
chegando a Borda, o Carlão. O prazer de ajuda-lo com água gelada e Gatorade foi indescritível. A expressão de alegria dele
pela ajuda inesperada, justo no fim do dia, foi gratificante. E isso é a
essência do caminho da fé! Fizemos fotos lindas com os dois tipos de
peregrinos: de bike e à pé.
Chegamos em Borda da Mata em pleno crepúsculo e fomos direto nos hospedar no Hotel San Diego, que é a melhor opção de
Borda da Mata. Tem jantar e café da manhã, além de permitir as bikes no quarto.
Prepara o lombo porque amanhã o dia tem 82 Km e quatro grandes desafios pela frente. Duas serras de manhã e duas à tarde. E são longas e com grandes subidas.
Fotos do 3º dia: 138 fotos
Fotos do 3º dia: 138 fotos
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