terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pedal para a Confluência 21ºS 49ºW. Coordenadas Geográficas, como entende-las?

Amigos bikers, esse foi um dia de pedal diferente. Havia uma meta a ser cumprida.

Conseguimos alcançar o ponto exato da Confluência 21º0'00"S 49º0'00"W, que está localizada dentro da Fazenda Água Milagrosa em Tabapuã - SP.
O que tem de interessante nisso?
Existe um projeto mundial que visa fotografar os pontos onde os Meridianos cruzam com os Paralelos da Terra. Acessem http://www.confluence.org/ e vejam os detalhes.
Um topógrafo de Poços de Caldas passou pela nossa região e fotografou a confluência mais próxima de nós. Tão próxima que passamos perto dela várias vezes. Então convidei alguns amigos para pedalarmos até ela e fazer o mesmo.

Me perguntaram o que seria isso. Como entender as coordenadas. Precisa de um pouco de teoria, mas é interessante aprender, já que os carros estão sendo equipados com GPS.
Essa nomenclatura é comum para os que utilizam GPS em seus percursos.

Sistema de Coordenadas GPS: entendendo-as.

Meridianos e Paralelos:
A Terra é, imaginariamente, recortada no sentido Norte-Sul por meridianos, e no sentido Leste-Oeste, por paralelos. Os paralelos dão em efeito uma volta completa no globo e dividimos eles em 360 partes, cada uma correspondendo a 1 grau: 180 graus Oeste e 180 graus Leste. Os meridianos ligam o Pólo Norte ao Sul e dividimos eles em 180 graus: 90 graus Norte e 90 graus Sul.

Como usamos o paralelo do Equador e o meridiano de Greenwich como origem neste sistema de coordenadas, convencionamos nossas posições em relação a eles. Posições a Oeste de Greenwich são marcadas como W, e as posições a Leste, marcadas como E. As posições ao Sul do Equador são marcadas como S, e as ao norte, como N.
Usando este sistema de coordenadas, podemos descrever um ponto no globo exatamente.
Um exemplo prático de uma coordenada completa neste sistema é a que fizemos neste pedal da Confluência 21º0'00"S 49º0'00"W. Isso quer dizer que chegamos a 21º ao sul do Equador e 49º a oeste de Greenwich. Como são distâncias, a longitude e latitude crescem à medida que nos afastamos de Greenwich e do Equador, respectivamente.
Latitude e Longitude:
O globo é dividido em latitudes (meridianos), que vão de 0 a 90 graus (Norte ou Sul) e longitudes (Paralelos), que vão de 0 a 180 graus (Leste ou Oeste). Para efeitos práticos, usam-se as siglas internacionais para os pontos cardeais: N=Norte, S=Sul, E=Leste/Este, W=Oeste.

Para as longitudes, o valor de cada unidade é bem definido, pois a "metade" do grande círculo (volta ao mundo cruzando os polos) tem 20.003,93km, dividindo este último por 180, conclui-se que um grau (°) equivale a 111,133km. Dividindo um grau por 60, toma-se que um minuto (') equivale a 1.852,22m (valor idêntico ao da milha náutica). Agora sabem o porque da milha náutica ser tão importante.
Para as latitudes, há um valor específico para cada posição, que aumenta de 0 na Linha do Equador até aos Pólos , onde está o seu valor máximo (90º de amplitude do ângulo).

Chega de teoria e vamos pedalar!

Agora vamos à nossa aventura que posso dizer que foi muito sofrida. Quase uma roubada.
Saimos cedinho 7h (estamos no fim do horário de verão e ainda está escuro) Murari, Irineu, Zé Augusto e Eu (Braz) e fomos em direção a Tabapuã. Fazia tempo que não pedalava direto até a Faz. Água Milagrosa. Relembrei meu início no MTB e a memória viajou...
O caminho estava com muuuuita areia e o pedal foi difícil. Seguimos contornando a mata da fazenda por uma estrada com muitos galhos quebrados e areia crocante. Como os carros não a percorrem, o piso estava repleto de obstáculos que exigiu habilidade dos bikers.
Na junção do laranjal com o seringal eu marquei um ponto de referência direto para a confluência. Agora tinhamos que achar um caminho que nos levasse até ela.
A trilha direta estava fechada por matagal de uns 2m de altura. Retornamos e seguimos por dentro do seringal. Sombra magnífica mas a quantidade de pernilongos é assutadora e quase fomos devorados quando tentei nos fotografar.
Mesmo assim encaramos o desafio e continuamos descendo pelas curvas de nível dentro do seringal, às vezes pedalando e às vezes empurrando as bikes em meio a muito mato alto. De repente o Zé Augusto protagonizou um espetacular "babaloo". Ao descer de uma das linhas de seringueiras bateu de frente com um toco de madeira e TUM, PUMBA E CATAPOOFFF (barulhos do Zé pranchando no mato). HUAHUAHAHA... A explosão de risos do Murari chamou nossa atenção e espantou até os perilongos. Fora os joelhos machucados e o Ego ferido tudo ficou bem.
+/-20m abaixo chegamos no local exato das coordenadas 21º0'00"S 49º0'00"W. Fotografamos ao norte e ao sul e saimos dali após mais picadas de pernilongos.
Após sairmos do seringal e livre dos borrachudos, paramos e o Zé cuidou do ferimentos. ÔÔÔÔ DÓÓ... Para chegar na capela de cristal de Nossa Senhora Aparecida na sede da fazenda, uma estrada com um areião impressionante derrubou o Murari (para a alegria do Zé que riu a valer).
Após as orações na capela voltamos pelo estradão dos três coqueiros e pela Usina Serradinho. O Irineu, bem mais magro, está demonstrando uma força incomum nas subidas. Como disse o Murari, dá até para ouvir o som das pedaladas.
Obrigado amigos por terem cumprido a meta do pedal, mesmo com as dificuldades de acesso. Valeu!!!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

1ª Etapa Copa ALIGA MTB 2012 - Reconhecimento do percurso

Amigos ciclistas, falta pouco para a Copa ALIGA MTB 2012.

Ontem, dia 05/02, Murari, Zé Augusto e eu (Braz) fomos para Monte Azul Paulista participar do reconhecimento do novo percurso para 2012. Ano passado esta prova foi no formato XCO e em 2012 o formato será Trip Trail com 41 Km.
A concentração foi na bicicletaria Atitude Bike do amigo Rodolfo. Chegamos às 8:10h e começamos a montar e preparar as bikes. Lentamente cerca de 70 mountainbikers de toda a região aglomeraram-se no quarteirão da bicicletaria.

Como foi o Trip Trail:
Saimos às 9:17h e rapidamente entramos na terra. A saída é em declive e a primeira descida termina em curva à direita dentro de uma passagem de concreto escura, estreita e curta com água alagada e lama. Atenção para o iminente perigo de colisões. Logo no segundo Km a subida mais forte do percurso exigiu um pouco mais dos atletas que ainda estavam desaquecidos. São 900m de extensão com desnível de 46m (inclinação de 5%).
Daí para frente os grupos foram se formando e nós três ficamos no segundo pelotão.
No Km 7,5 (a contar da bicicletaria) começou um trecho muito veloz, pouquíssima areia (para os padrões catanduvenses) com 8 Km de extensão e 90m de declive. O maior perigo e local de muita atenção está no final desta descida no Km 15,8. Os últimos 200m estão repletos de sulcos de enxurradas e uma curva à direita em 90º com muitas pedras e entulhos trazidos pelas água da chuva.
Pouco mais à frente cruzamos alguns filetes de água com vários buracos, tornando a trilha um pouco mais técnica. Eu passei bem veloz por esses obstáculos aproveitando as qualidades "puladoras" da minha full suspention. Gostei muito!
O trecho do Km 19,5 ao 22,9 foi em ascenção contínua em piso muito veloz. Foram 3,4 Km com 64m de aclive. No Km 21,8 há uma bifurcação onde pegamos a perna da direita.
Seguimos em declive até o Km 24,6. Novo ponto de perigo e atenção devido a uma verdadeira bacia de areia onde a maioria atolou e teve que empurrar. Assisti alguns tombos engraçados daqueles que tentavam romper o areião. Percebi que seguindo pelo lado esquerdo e fora do trilho das rodas dos carros é possível pedalar e passar com boa velocidade. Este será um ponto que fará a diferença.
Logo após o areião fizemos uma curva fechada e brusca de uns 45º à direita com muito pedrisco solto, seguido de uma curta e forte subida. Atenção neste trecho.
Depois seguimos por uma reta de 3,1Km (com um morrinho leve no meio) até uma suave e veloz curva à esquerda em declive. A partir daí temos 4Km de ascenção com 60m de desnível seguido por uma descida de 1,7Km até um riacho que cruza a estrada em nível. O leito é composto por pedras arredondadas e muito lisas. Atenção!!!
No Km 35,7 reencotramos a trilha pela qual começamos e após 900m saímos dela à esquerda para um trecho em alta velocidade antes do acostamento da rodovia. Atenção para não invadir a rodovia. Após pouco metros entramos num single track de 500m por dentro de um sítio com muita grama e trilhas de gado. Retornamos na mesma trilha da saída virando à esquerda (a saída do sítio é em T) e logo após 300m reencontramos aquela passagem de concreto alagada. Fiquem espertos e atentos aqui para preparar as marchas e encarar uma brusca e íngreme subida em curva à direita. Quem entrar com marchas pesadas vai sofrer e pode provacar colisões.
PRONTO. Agora é só pedalar uma subidinha de 2,5 Km até a chegada deste percurso. UFA!!

MURARI, BRAZ E ZÉ AUGUSTO
MISSÃO CUMPRIDA!
As kilometragens e medidas aqui descritas vão se alterar no dia da prova pois a largada será em outro local. As condições de areia e pedras, assim como os trechos com água também podem mudar drasticamente devido os ventos e as chuvas que certamente ocorrerão.

Analisando o percurso como estava ontem e ouvindo o pessoal do Mont Bikers, espera-se que a elite faça a etapa em 1h15'. Imagino que se o piso mantiver-se como estava ontem e por não haver grandes aclives neste percurso, as 29ER poderão desenvolver grandes velocidades e vencer obstáculos mais facilmente.

Então até o grande dia da abertura da Copa ALIGA MTB 2012.
ABS. BRAZ.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Percurso INÉDITO: Super Pedal ligando vários caminhos

AMIGOS DO CICLISMO dia 31/01/2012 foi um dia muuuuito especial.

Seria um pedal de meio de semana super comum para quem habitualmente treina com frequência, se não fosse o Irineu comentar que bateria seu recorde mensal e poderia ultrapassar os 1200 Km esclusivamente de MTB. Então o percurso foi esticado para melhorar o recorde.
Saímos eu (Braz), Irineu (mestre) e o Vitão (professor) às 17:30h do posto Macapá já previamente combinado de fazer Bairro Roberto pelos "3 pulos". Percurso tranquilo com boa velocidade média, mesmo com a areia já acumulando após alguns dias sem chuva.
Chegando em Roberto a disponibilidade de tempo dos três era igual. Aproveitamos o "alvará" das esposas para chegar tarde (raro) e seguimos para o bairro boa sorte. Havia trechos de areia que impressionava até os mais acostumados com nossa região.
No Sítio da Uva uma nova decisão em conjunto culminou com uma ligação praticamente inédita. Fomos para Elisiário direto de Vila Roberto. Este caminho eu já havia feito, mas ao contrário. Foi um ótimo trecho com várias mudanças de percurso, mas mantendo um traçado praticamente reto para Elisiário.
O Vitor acha que o que fizemos deva ser a ligação mais curta entre Roberto e Elisiário.
Em Elisiário, depois da coca-cola com sorvete, fomos para Caputira-Catanduva fechar o percurso com 70 Km pedalados em 3h e 30´ e veolcidade média de 21, Km/h.
Todos esses caminhos são conhecidos, mas essa ligação entre essas cidades não é habitualmente feito devido a kilometragem e ao tempo necessário para percorre-lo.
Foi aí que surgiu uma nova idéia para o VII Pedal da Lua Cheia.
Há meses atrás eu participei do "15º 100 Km dos Amigos do Pedal" em Rio Preto. Esse percurso fez o contorno da cidade de SJRP passando pelas cidades em torno dos pontos cardeais.
Seguindo essa linha de raciocínio o que fizemos ligando Catanduva-Vila Roberto-Elisiário contempla a região Sul, Sudoeste e Oeste. Os outros pontos da Rosa dos Ventos pode ser facilmente completado. Daria um ótimo e inédito percurso para o Pedal da Lua Cheia. Vou trabalhar para isso e oferecer aos meus amigos psicobikers um looongo percurso noturno contornando Catanduva.
CONCLUSÃO: num simples pedal de semana o Irineu bateu seu enorme recorde pessoal, fizemos uma ligação inédita entre as já conhecidas cidades e praticamente decidimos o novo e inédito percurso do VII Pedal da Lua Cheia programado para 06/04/2012.
Até o próximo desafio e convido a todos para o "Reconhecimento" do percurso de Monte Azul dia 05/02.
ABS. BRAZ.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Novo mountain Biker na turma

Galera do pedal, temos novo integrante do MTB.

Dia 30/01/2012 foi uma data especial para o jovem Roberto Cacciari Filho. Ele fez o primeiro pedal de MTB percorrendo 21 Km com sua Giant ATX Pro, Deore, Rock Shox, Rodas Shimano XT. E começou certo com uma bike pronta para competições. É muita bike para um "estagiário" do MTB. Hahaha...
Eu (Braz) sai com o Betinho às 4h da Sempre Bike (Autorizada Giant) e fizemos um girinho de 21 Km. Seguimos pela estrada paralela ao Luminar até a bifurcação para o Km 7. Seguimos até o haras e voltamos pela Faz. Borboleta-Salamanca-Rua Minas Gerais e ponto final na Sempre Bike.
O Betinho saiu-se muito bem, embora naturalmente cansado pelo primeiro contato com o MTB. Apesar da musculatura ainda não estar adaptada a esse esporte, demonstrou força e habilidade. A velocidade média foi de17,2 Km/h. Muito boa para um "aprendiz". O garoto promete...
Valeu Betinho e seja bem vindo ao MTB Catanduvense.
Pratique bastante, pois "beija flor que anda com joão de barro vira servente de pedreiro". KKK...
ABS. BRAZ.