segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Caminho da Fé 2011 - 5º dia (12/10)

CHEGOU O GRANDE DIA!
HOJE TEREMOS A SERRA DA LUMINOSA!!
DIA DA PADROEIRA DO BRASIL, NOSSA SENHORA APARECIDA!!!
SE ATÉ AGORA NÃO APRENDERAM O QUE É SUBIDA, HOJE SERÃO PÓS GRADUADOS!!!!

Todas as 141 fotos do 5º dia

O amanhecer em Paraisópolis é fantástico. Todos dormiram em seus aptos individuais, super bem acomodados e com um bônus que dei de presente para a galera: ACORDAR ÀS 6H.
Vcs precisavam ver a expressão de alegria do Murari com essa hora a mais de sono, principalmente no conforto dessa pousada. Mas realmente a equipe precisava desse descanso após 4 dias pedalando acima dos 100 Km/dia pelas montanhas da Serra da Mantiqueira.
O café da manhã, como de costume, foi servido pontualmente e completo. Estávamos em três grupos de peregrinos, sendo dois de ciclistas e um de caminhantes. A confraternização foi a marca desse amanhecer.
A foto da saída na frente da pousada teve uma personagem inédita nesses cinco anos que me hospedo. A dona da pousada compareceu, uma senhora ativa e simpática, e posou entre nós para a foto.
Antes de entrarmos prá valer na terra paramos no posto para um café expresso e cuidar da caminhonete.
Como a saída foi mais tarde, nossa programação seria vencer a grande montanha que separa Paraisópolis do Vilarejo de Luminosa e lá resolveríamos onde almoçariamos.
A primeira parte até Luminosa foram 24 Km. Os primeiros 13 Km são tranquilos com rampas de 100 m de desnível. O primeiro desafio do dia está do Km 13 ao 20 (7Km). Essa montanha tem 400 m de desnível ascendente sem platôs para aliviar. Láááá no topo tem um trecho plano de 1 Km até o ponto de foto que sinaliza os 3Km de descida para Luminosa onde também fizemos ótimas fotos do vale.
Essa é uma descida agressiva e cheia de curvas fechadas dos 1300m até 890m. Eu e o Murari descemos na frente e fomos surpreendidos por dois cavalos na estreita estrada. Desembestaram morro abaixo seguido por nós logo atrás. Foram uns trezentos metros de galope em fuga pelas curvas da descida.
Aí vem a observação do Irineu que atrás da gente observava "dois cavalos galopando" fugindo de "dois cavalos pedalando". E ninguém fotografou??? Eu estava na cena, mas quem acompanhou deve ter sido muito engraçado! Valeeeeuu Irineu, pela comparação... 
A chegada em Luminosa é sempre muito veloz e agitamos o Vilarejo. Tomamos um rápido lanche na padoca e mostrei para o pessoal uma referência importante para esta cidadezinha. Ela é o ponto onde se cruzam o Caminho da Fé (setas amarelas) e o Caminho de Frei Galvão (setas azuis).
Como já passava das 10h, não seria possível vencer a serra da Luminosa sem comprometer a alimentação. Sugeri almoçarmos na Pousada da D. Cida 4 Km morro acima. Foi uma ótima decisão pois era o dia de Nossa Senhora e encontramos muita gente descendo da festa das 12h na pousada. No caminho o cafezal em flor foi um deleite para o Murari. E da-lhe fotos.
A recepção na pousada não poderia ter sido mais intensa. Em pleno dia santo almoçamos comida caseira, com suco de limão cravo e observando uma das mais lindas paisagens do caminho: a Serra da Luminosa. Até combinamos de fazer desta pousada um ponto para dormirmos na próxima vez.
Depois do almoço uma oração especial foi feita com toda a família e nossa equipe. Foi verdadeiramente emocionante.
Devidamente alimentados e descansados encaramos os últimos e mais agressivos 5 Km da serra. A partir da pousada as inclinações das rampas variam de 10 a 30% até alcançarmos a divisa de estado entre SP-MG. O empurra bike é inevitável e a humildade fala mais alto.
Claro que isto não se aplicou ao Dú Romero, que subiu a serra todinha pedalando e ao Toninho Leitinho que por poucos trechos de pedras não emplacou a serra. Falando dos trechos de pedra, enquanto subíamos eu, Mura, Zé Augusto e Irineu procuravamos por marcas de sapatilha no chão. Havia trechos com tanta pedra que seria impossível pedalar. Só que ninguém avisou isso ao Dú e ele passou!!! Parabéns!!!.
Havia momentos, empurrando as bikes morro acima, em que a inclinação era tão agressiva que riamos sozinhos de tamanha insanidade. Pouco antes de chegarmos ao primeiro platô, a divisa de estado, a inclinação torna-se absurda com 30% por 200m. É interminável esse empurra-bike. Chegamos exaustos na divisa.
A partir daí o caminho torna-se um platô que varia de 1600 a 1750m de altitude e nos leva ao asfalto que liga Campos a São Bento do Sapucaí. Reagruparmos a equipe e comemoramos intensamente. Brindamos com licor de vinho Jeropiga e recomeçamos a pedalar pelo asfalto até o ponto mais alto do caminho (1813m). Chegamos rapidamente ao Vilarejo da Campista onde optamos por seguir pelo asfalto a pedalar os últimos 25 Km pela terra dentro da mata de montanha que é fria e húmida.
Novamente o caminho nos reservava dois grandes e longos "pulos". Desníveis de 200 a 250m por subidas muito cansativas para quem já havia enfrentado a Serra da Luminosa.
Chegamos em Campos do Jordão e fomos direto para o Baden-Baden comemorar. Fomos muito bem recebidos pelos garçons e pelos curiosos com nossas bikes e uniformes. Mais feliz ainda foi o momento em que reencotramos a outra equipe de Catanduva que havia iniciado a jornada no mesmo dia conosco.

MOMENTO DE CONFRATERNIZAÇÃO TOTAL COM CHOOP BADEN, NÃO TEM PREÇO!!!

Desta vez não nos hospedamos na Pousada do Peregrino, pois já contava com 25 pessoas. O Zé Augusto estava prevenido e tirou um coelho da cartola, quer dizer, um urso. O Hotel que arrumou para nós é o Big Bear. Hahaha...  Excelente localização e estrutura.
Depois de acomodados e tudo reorganizado, fomos jantar aonde? No Baden-Baden. Claaaaroooo!!!
Depois de vários choops, aperitivos e o imenso Chucrute à Garni como prato principal, fomos dormir e descansar para o último e tão esperado dia de chegar em Aparecida.

Valeu meus amigos e companheiros de jornada. Vcs são a expressão do companheirismo, fraternidade e união. Parabéns com muito entusiasmo, pois chegamos até aqui sem acidentes ou incidentes.
Peço que acessem o link de fotos. As escolhidas para ilustrar esta postagem, não são o suficiente para representar a magnitude deste dia. Acessem o vejam a beleza deste percurso.
ABS. BRAZ.

Todas as 141 fotos do 5º dia

domingo, 27 de novembro de 2011

Caminho da Fé 2011 - 4º dia (11/10)

O dia amanheceu em Borda da Mata com tudo nublado e previsão de muita chuva...

A programação do quarto dia seria 82 Km com 4 serras para vencer. Pela manhã combinamos a longa ascenção até Tocos do Mogi com seus "3 pulos" verdadeiros + a impressionante Serra da Calçada e à tarde a pesadíssima Serra do Caçador + as montanhas antes de Paraisópolis.
Como de costume acordamos às 5h e às 6h já estávamos todos prontos para o café da manhã, por sinal ótimo. Saímos pontualmente às 6:30h e paramos na padoca para preparar a caixa de bebidas com muito gelo e rehidratantes. Os viciados em café expresso, leia-se Murari e Braz, aproveitaram para encher o tanque de cafeína.
Com tudo pronto, tempo nublado e certeza de chuva fomos para os primeiros 18 Km até Tocos no Mogi. As subidas curtas e sucessivas com forte inclinação são a marca registrada das saídas na Serra da Mantiqueira. Não há perdão para a musculatura fria. Temos que pedalar com muita técnica e focados em todo o percurso do dia. Isso para não desgastarmos desnecessariamente antes da hora.
Para alcançarmos os "Três Pulos" antes de Tocos (vejam a altimetria no mapa) subimos 400m de desnível em 2 Km. Quando "estabilizamos" a altimetria por volta dos 1400m começou a sucessão de três picos com subidas muito íngremes, mas com paisagem incrível. Há muitas propriedades agrícolas com suas casas de montanha e chaminés sempre fumegando. A vista cobre grandes áreas e podemos ver os vales laaaaaaaá em baaaaaixo...
Chegamos em Tocos do Mogi já debaixo de chuva fraca em dois grupos. O Murari teve um pneu furado que atrasou um pouco sua chegada. Fiquei muito preocupado pois a chuva deixa o piso muito liso e escorregadio. Tenham sempre em mente o risco, pois se descrevi grandes subidas existem as grandes e perigosas descidas.
A chuva apertou e tomamos a decisão de alterar o caminho em nome da segurança. A Serra da Calçada estava sob forte chuva segundo os moradores da região e o caminho pelo estradão que leva a Bom Repouso passa pela mesma Serra  e estaria transitável com terra bem socada com pedrisco.
E lá fomos nós para Bom Repouso sob chuva cada vez mais forte. Subimos + 400m de desnível por uma estrada bem cuidada mas com rampas muito agressivas. A chuva dificultou até a metade do caminho e depois parou.
Esse caminho é muito bonito e repleto de pequenos sítios com inúmeras casas, três vilarejos com igrejas e pontos de apoio. Bem diferente da Serra da Calçada onde o caminho é direto com um único boteco no fundo do vale. Mais uma vez estabilizamos em torno do 1400m e após três grandes topos de montanhas chegamos a Bom Repouso juntamente com os colegas de Sorocaba.
Como não conhecíamos a cidade foi difícil encontrar um bom e seguro local para almoçarmos. Mas conseguimos um ótimo restaurante num posto de combustíveis com Self Service e lugar para as bikes. Muito bom mesmo.
E as pacandas de chuva sucediam-se... Nossos irmãos mineiros ensinaram o caminho até Consolação, mas seria 20 Km mais longo. Após uma rápida reunião o grupo dividiu-se entre os ajuizados (Irineu, Mura e Gustin) que desceram até consolação nos carro de apoio e os "beeeem" menos ajuizados (Braz, Dú e Toninho) que resolveram pedalar até lá.
Porque desajuizados? Explico! Para chegar a Cambuí pedalamos até os 1480m logo após o almoço por longos 5 Km e descemos agressivos 500m de desnível até a Rodovia "Fernão Dias". É isso mesmo!!! Pedalamos no acostamento da "Rodovia da |Morte" por 8 Km.  Estava bem pavimentada a pista dupla, mas com um imenso movimento de grandes e pesados caminhões. Logo no início do trecho da Fernão Dias começou a chover e chegamos em Cambuí sob forte chuva. Ligamos para o Anjo da Guarda Pedrão que veio nos buscar, pois os 18 Km de terra que ligam Cambuí a Consolação estavam sob muita chuva.
Embarcamos as bikes e fomos reagrupar a equipe em Consolação. Durante o trajeto pelo barro a S10 escorregou e quase deu "L". A perícia de 35 anos como carreteiro do Pedrão nos salvou de acidentes. Graaande Big Peter!!!!
Já em Consolação a equipe se reuniu e pedalamos os últimos 22 Km até Paraisópolis.
Fizemos o tranquilo caminho pelo asfalto para evitar a intransitável serra sob chuva. Mais uma vez o "Caminho" fez o que quis...
Nossa chegada em Paraisópolis foi um Show inesperado. Imaginem a cena:
***6 ciclistas uniformizados e embarreados escoltados por um veículo off road todo sujo de barro com Giroflex amarelo ligado no teto, puxando uma carreta com os logos do caminho da fé e da Equipe Pedala Catanduva também com Giroflex ligado*** Chamamos a atenção  da pequena e pacata cidade. Tudo isso no horário de saída da molecada das escolas. +/- 17:30h.
Dito e feito!! Vários celulares registraram nossa chegada pelas estreitas ruas de Paraisópolis. Com direito a uma enorme fila de carros atrás da gente. Hahaha... Momento de Famaaaaaa!!!
Fomos direto para a frente da Igreja fazer a tradicional foto com Jesus Cristo e nos hospedamos na Pousada da Praça. Essa pousada é excelente pela sua acolhida, serviços completos e qualidade das acomodações.
É isso aí, amigos do pedal! Os 82 Km programados transformaram-se em 103,5 Km com alucinada vel. máx. de 75 Km/h na descida até a Fernão Dias. VAMOS DE NOVOOO...
Link para todas as 87 fotos

domingo, 20 de novembro de 2011

Caminho da Fé 2011 - 3º dia (10/10)

Amigos bikers, após o meu acidente estou afastado do meu trabalho e dos meus treinos ciclísticos. Então posso atualizar o blog e terminar as postagens sobre o caminho da fé.

Link para as fotos do 3º dia

Nosso terceiro dia peregrinando pelo Caminho da Fé Brasileiro começou muito bem com um ótimo café da manhã e após uma excelente noite no grande Hotel Águas da Prata. Como combinado todos de pé às 5h e saída pontualmente antes das 6:30h. O grupo de 2011 estava afinadíssimo com os horários e com isso garantíamos tempo para algum problema no percurso.
Programamos um terceiro dia diferente dos outros anos, pois percorreríamos uam distância maior devido à nossa intenção de passarmos a quarta noite em Paraisópolis. Para isso acontecer deveríamos alcançar Borda da Mata-MG.
E o grupo cumpriu o cronograma com tranquilidade e segurança. Não pensem que foi um dia atropelado. Parávamos para todas as fotos do caminho, descansávamos qdo necessário e usamos todo o tempo ganho com a "organização" da saída bem cedinho. Esse foi o diferencial deste ano!
Percorremos 107Km em 7h40' (moving time) com veloc. média de 14,2Km/h.
Como foi o dia:
Saindo do Hotel cruzamos a linha férrea e a foto no antigo Marco Zero é obrigatória.
Já nos primeiros 500m as marchas mais leves são acionadas. Como disse o Dú Romero: "É a primeira vez que saio de volantinho de cara!!" É isso aí! Humildade para encarar a dura rampa de saída de Águas da Prata.
A parte da manhã deste terceiro dia foi muito difícil, dois grandes conjuntos de montanhas foram vencidos. Antes de chegar a Andradas subimos até o Pico do Gavião com seus 600m de desnível e muitas subidas íngremes com até 15% de inclinação. Passamos pela ponte natural de pedra e cruzamos o leito de um rio sem ponte para os carros.
A descida até Andradas é um show à parte. Vários Kms e 500m de desnível com asfalto perfeito.
Passamos direto por Andradas (uma gde cidade mineira) e encaramos a Serra dos Limas. Meus amigos de pedal foram testados e aprovados após esses dois Hercúleos desafios. Só quem já percorreu esse caminho para "sentir" o que estou descrevendo. Prestem bem atenção na altimetria do mapa para as duas primeiras elevações. Isso nós fizemos em uma única manhã: 55Km e duas montanhas de respeito. Chegamos em Barra dos Limas para o almoço encomendado pelo Pedrão. Vários baurus de carne e muita coca-cola saciaram nossa fome. Encontramos quatro ciclistas de Sorocaba que tbm estavam fazendo o Caminho e oferecemos ajuda para transportar seus pesados alforges até Ouro Fino. Fizemos novos amigos.
 A saida de Barra é uma rampa que poucos a fazem pedalando, pois além de muito íngreme é logo após o almoço e com a musculatura fria.
Várias subidas e descidas nos levaram para Crisólia e Ouro Fino (cidade do menino da porteira). Em Ouro Fino o cansaço era evidente nos bikers que encararam todas as subidas em pé, né Murari? O Pico do Gavião e a Serra dos Lima cobram um preço muito caro dos bikers mais treinados. Eu acompanhei o Irineu nestas duas gdes serras e poupei energia. Mas o caminho da fé é especial e todos recebem a energia suficiente para cumprir cada etapa. E é claro que a experiência e muita "carcaça" contam tbm. Hahaha...
A última cidade antes de Borda da Mata é Inconfidentes onde fica o famoso bar do Maurão e seu pastel espetacular. Neste bar os canários da terra entram e saem das gaiolas abertas repletas de alimento. Uma visão muito bonita e peculiar.
Chegamos em Borda da Mata no limite da Luz do dia,  numa disputa muito boa pelas últimas curvas sequenciais em plena descida. Fizemos a foto na placa que ainda mostra o antigo percurso do caminho da fé. Após a foto na Igreja nos hospedamos no Hotel Village e como combinado cuidamos das bikes antes de tudo. Todos foram dormir com as nuvens encobrindo as estrelas e ameaçando chuva para o dia seguinte.
Fantástico! Três dias de jornada todos acima dos 100 Km e várias montanhas vencidas, sem acidentes ou incidentes.
Parabéns a essa Belíssima equipe por mais essa etapa cumprida!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Caminho da Fé 2011 - 2º dia (09/10)

Os 107 Km de Tambaú a Águas da Prata foram percorridos no segundo dia do Caminho da Fé 2011.


Começamos com o café da manhã mais "fraquinho" dentre todos. O Hotel Tarzan nos hospeda muito bem, mas o café da manhã deixa a desejar.
Organizados e prontos saimos em direção a Casa Branca pontualmente às 06:30h. Não conseguimos fazer a foto na frente da Igreja do Padre Donizetti devido a gde qtidade de romeiros e barraquinhas de camelôs. Estava uma loucura...
Após um pequeno percurso de asfalto deveríamos passar pelo portal do Caminho da Fé, mas estava destruido. Uma pena... Era um marco do caminho e a foto debaixo desse pórtico era tradicional.
Atravessamos a "pinguela" de madeira e entramos no estradão de terra que nos leva a Casa Branca. Até há dois anos esse caminho era repleto de single tracks pelas matas e grandes cafezais. Como os peregrinos evitavam esses caminhos ermos e sem possibilidade de apoio, seguiam pela estrada principal.
Ficou muito mais fácil e seguro, mas perdemos algumas belas paisagens e trechos com cafezais de até 3m de altura. Essa parte da jornada é bem fácil e apresenta somente um aclive com desnível de 100m.
Em Casa Branca nos dirigimos para a Igreja e fomos surpreendidos com um encontro católico de jovens adolescentes (cerca de 400). Entramos para assinar o livro do Peregrino e nos convidaram para um café da manhã farto e gratuito para os peregrinos da fé. Fomos surpreendidos novamente.
Livro assinado, bikes prontas e devidamente alimentados saímos para a segundo destino da manhã: Vargem Grande do Sul.
Este trecho de 31 Km também não apresenta gdes desafios mantendo altimetria média de 700m e possui vários Km de asfalto. Mas foi um percurso divertido, com muitas brincadeiras e onde o Zé Augusto não percebeu uma mudança brusca no caminho. Errou e pagou a cervejada da noite... Hahahaha... Esses novatos me embreagam... Rsrsrs...
Chegamos em Vargem Grande lá pelas 10:30h. Ainda cedo para o almoço, mas muito tarde para encarar toda Serra da Fartura com seus 700m de desnível em 27 Km. Sugeri uma inovação e dividimos a longa e agressiva subida em duas partes. Almoçamos na Pousada da D. Cidinha, localizada logo após as duas subidas mais agressivas deste trecho. Foi uma dedisão muito feliz, pois almoçamos comida caseira feita em fogão à lenha e apreciamos uma vista espetacular da serra. Geralmente passamos sem parar para admirar (com tempo) a vista maravilhosa que a pousada tem. Ponto para nós...     Após um rápido descanso e um cafezinho feito na hora, seguimos morro acima para o topo da Serra.
E a chuva nos ameaçava pela primeira vez...
Após o primeiro curto trecho de asfalto saimos para o último "topinho" antes de chegar em São Roque da Fartura. No meio disso a ameaça de chuva se concretizou. Caiu tanta água que as enxurradas logo se formaram no terreno argiloso e liso. A aderência dos pneus já era... 
Poderia ficar pior? Claaaaaro que sim... Logo após subirmos até o nível das nuvens (1400m) a chuva diminuiu (estavamos bem entre as nuvens e a chuva ficou abaixo) e encontramos a estrada aterrada com terra vermelha recoberta por pedra britada. O caos se instalou e o barro com pedras grudava em tudo. Os pneus ficaram enormes e as pedras entalavam nos volantes, cassete, corrente e até nas hastes da suspensão.
MEU DEUS!!! SALVE A HELLO KITTY!!
Eu nunca esperava ver a LooK do Zé Augusto naquele estado...
Caminhavamos com as bikes pela enxurrada para ir limpando os pneus conforme subiamos os últimos 500m até o asfalto.
 Em São Roque o frio incomodava muito e a filhinha do dono do bar nos ofereceu café feito na hora e pão com queijo. Fomos salvos da hiportemia por um anjinho...
Como a chuva não dava trégua subimos até o alto da Serra por asfalto sempre com a proteção do Pedrããão (dirigindo a S10). Antes de chegar ao nosso destino, Águas da Prata, descemos incríveis 16 Km de asfalto perfeito. A chuva e o frio dificultaram demais esse trecho, mas não diminuiram a aventura e o prazer de pedalar em condições realmente adversas.
O segundo dia do Caminho da Fé 2011 foi muito especial pois nos ofereceu uma gama muito variada de desafios e condições climáticas. Isso permitiu aos peregrinos ciclistas explorarem toda sua experiência e capacidade de adaptação às rápidas alterações na programação do dia.
Chegamos em Águas da Prata no horário programado independentemente das intempéries climáticas. O Grande Hotel Prata nos recebeu muito bem e nos forneceu todas as condições para lavarmos as bikes e prepará-las para o próximo dia.
Um brinde de final de tarde fechou esse dia maravilhoso novamente sem incidentes e/ou acidentes.
Parabéns meus amigos de jornada.